25 de outubro de 2012

corbaceiras

as corbaceiras no século xix
hoje toca lançamento em ponte-vedra. e toca falar da perda.
da perda de identidade, da perda de memória, contra as que também lida a noiva e o navio.
as corbaceiras em 1905
 
a ponte-vedra marinheira já nom existe. o seu bairro da moureira perdeu o cheiro a salitre, e o peirám das corbaceiras sumiu entre recheios na terra e mudanças de correntes no rio. as dornas, gamelas, galeons e lanchas que chegavam cada dia, hoje nom som nem recordo. nom há marinheiros que saiam na madrugada a pescar nada num mar esvaziado polas mercuriais areias que ence oferenda.

e se nom há espaço para o mar, dificilmente pode haver memória do mar.

há um poema no livro que fala do sentimento de perda, da desilusom que ocupa o corpo quando o tempo passa e nom vemos cumpridos os sonhos. desilusom à inversa que sentimos ao vermos velhas fotografias e constatar que nom fomos quem de manter vivo o nossa cultura marítima.

as imagens das corbaceiras fôrom obtidas no blogue vella pontevedra.




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